A administração patrimonialista é a mistura do que é público com o que é privado, ou seja, é o caso onde os gestores utilizam recursos públicos para fins particulares. Um exemplo claro é a utilização de veículo público para buscar os filhos na escola, ou empregar conhecidos em cargos comissionados em troca de favores políticos.
Apesar de existirem leis que visam banir o patrimonialismo na administração pública, os gestores utilizam várias artimanhas para driblar a lei. O nepotismo prática de empregar parentes em cargos públicos é proibido pela Constituição Federal de 1988. No entanto, muitas vezes ocorre a prática de nepotismo cruzado. O gestor não pode empregar seus parentes, assim seu amigo emprega-os, e para retribuir o gestor emprega os parentes do amigo.
A prática de nepotismo é considerada prejudicial a eficiência da administração pública. O fato de empregar parentes sem qualquer tipo de critério permite que pessoas sem qualquer tipo de qualificação ocupem cargos de carreira ou de confiança na administração pública. O ingresso no serviço público unicamente através de concurso público é a forma de evitar que este tipo de situação aconteça, a única forma de nepotismo ainda aceita é a nomeação da primeira dama para o cargo de secretária de assistência social. Porém, ocorrem situações em que o quadro efetivo de servidores não está completo e a demora em realizar concurso público obriga a administração pública a contratar servidores por tempo determinado, é neste caso que podem ocorrer as fraudes e contratação de pessoas previamente selecionadas de acordo com a preferência do gestor.
As licitações públicas são sempre alvo de possíveis irregularidades, onde empresas que financiaram campanhas acabam vencendo licitações duvidosas, ou mesmo quando a empresa vencedora pertence a algum parente do gestor.
Muitas vezes são criadas empresas de fachada apenas para oferecerem serviços que serão contratados pelo gestor a fim de aumentar seus ganhos, pois sendo a empresa apenas fachada os recursos na verdade retornarão a ele mesmo.
O patrimonialismo existe ainda em grande escala e apesar de ser considerado modelo de administração ultrapassado, muitos gestores ainda insistem em manter seus traços na administração pública. Alguns ingressam na vida pública e querem fazer tudo da mesma maneira que faziam na vida privada, assim misturam as coisas e acabam cometendo nepotismo, corrupção, favorecimento e várias outras coisas que se incluem no modelo de administração patrimonialista.