A Odebrecht foi a vencedora da concessão da BR 163 realizada pelo Governo nesta semana, o trecho que ficará sob concessão tem 850,9 quilômetros e vai da divisa entre Mato Grosso do Sul e Mato Grosso até a cidade de Sinop (MT). O prazo de concessão é de 30 anos. Nesse período, a concessionária terá que fazer obras de duplicação e manutenção da rodovia, além de implantar melhorias.
Serão instaladas praças de pedágio no percurso, sendo que a Odebrecht pode começar a cobrança quando 10% da obra já estiver concluída. A principal melhoria para a rodovia será a sua duplicação, no momento apenas uma parte da rodovia tem obras de duplicação sendo executadas com recursos do PAC.
O número de acidentes na rodovia é extremamente alto, principalmente envolvendo caminhões e muitas vezes com vítimas fatais, o trecho onde ocorrem mais acidentes fica próximo ao município de Nova Mutum.
O tráfego de veículos e caminhões é intenso principalmente na época de colheita, pois grande parte da safra de Mato Grosso é escoada para os portos da Região Sul e Sudeste. A duplicação da rodovia neste trecho vai reduzir o número de acidentes e dar maior agilidade no deslocamento das cargas, tendo em vista que a empresa ganhadora da concesão terá que manter a rodovia em boas condições de trafegabilidade.
Muitos vão criticar a cobrança de pedágio, mas este é um caminho sem volta. Várias rodovias brasileiras serão concedidas a iniciativa privada, assim como estão sendo realizadas concessões de aeroportos e ferrovias.
O Governo Lula foi um grande crítico das privatizações realizadas pelo Governo FHC, no entanto, agora o governo do PT percebe que o país precisa da iniciativa privada para o seu desenvolvimento.