Hidrelétrica Teles Pires está em fase final de construção

Conforme informado no site da UHE Teles Pires o enchimento do reservatório foi concluído ainda no mês de janeiro de 2015. O terceiro rotor de um total de cinco foi instalado no mês de dezembro de 2014, o quarto rotor já está chegando em Paranaíta. O quinto e último rotor deve ser instalado ainda no primeiro semestre de 2015.

A previsão é de que todas as cinco turbinas estejam prontas para gerar energia até o mês de agosto de 2015.

A UHE Teles Pires deve ficar pronta dentro do cronograma inicialmente previsto, conforme a imagem abaixo podemos ver que a obra esta realmente em fase final de construção.

Usina Hidrelétrica Teles Pires

UHE Teles Pires

Fonte da imagem: http://www.uhetelespires.com.br/site/wp-content/uploads/2015/02/UHE-Teles-Pires-1-1024×768.jpg

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Usina Hidrelétrica Teles Pires: o progresso no meio da floresta amazônica

Usina Teles Pires

Teles Pires

Desde o mês de agosto de 2011 está em construção a Usina Hidrelétrica Teles Pires que está localizada em rio de mesmo nome. Fica localizada no norte de Mato Grosso, mas precisamente entre os municípios de Paranaita – MT, Alta Floresta – MT e Jacareacanga – PA.

A obra com orçamento de aproximadamente 4 bilhões de reais deve começar a gerar energia já no início de 2015 e sua construção deve ser finalizada ainda no ano de 2015.

Esta grandiosa obra trouxe o progresso para a região, aproximadamente 5.000 pessoas estão trabalhando na obra atualmente. Todas estas pessoas aqueceram o comércio da região. Uma obra de asfalto que liga Alta Floresta a Paranaita foi concluída no fim de 2013, num total de 38 Km de pavimentação, esta obra era anseio da população desde a sua fundação nos anos 80.

Para facilitar a construção da usina a Odebrecht que é responsável pela obra construiu uma ponte que cruza o Rio Teles Pires, ligando o Estado de Mato Grosso ao Pará. A ponte tem 200 metros de comprimento e mão dupla construída com ferro e concreto.

A Usina Teles Pires terá capacidade para produzir 1.820 Megawatts, energia suficiente para uma cidade como o Rio de Janeiro.

Além da Usina Teles Pires existe outra usina em construção no município de de Colíder no mesmo Rio Teles Pires, outra deve ser construída no município de Sinop, outra em Apiacás e ainda a Usina de São Manoel .

Certamente existem muitas pessoas que são totalmente contra estas obras, mas são necessárias. Será que alguém que é contra estas obras quer abrir mão de sua TV, computador, ar-condicionado, geladeira, forno elétrico, etc. Acredito que não.

Esta semana a Companhia Hidrelétrica Teles Pires promoveu seu Seminário Anual de Resultados dos Programas Ambientais no qual eu estive presente. O encerramento do primeiro dia em Alta Floresta contou com a participação do jornalista econômico Paulo Henrique Amorim da Rede Record, que inclusive visitou as obras da usina.

É impressionante a quantidade de programas que são realizados pela companhia para reduzir os impactos causados pela construção da usina. Controle da qualidade da água, da contaminação do solo, abalos sísmicos que podem ocorrer por causa da usina, coleta de plantas e sementes, produção de mudas para povoar as áreas que já estão liberadas, monitoramento da fauna, identificação de novas espécies, etc.

Só mesmo vendo para acreditar na quantidade de ações que uma obra dessas desenvolve durante sua construção e depois vai gerar energia para o desenvolvimento do Brasil.

Fonte da imagem: http://www.uhetelespires.com.br/site/wp-content/uploads/2014/01/07.-Circuito-de-Gera%C3%A7_o-Tomada-d%C3%A1gua-Vista-geral-de-montante-do-andamento-das-obras-civis.jpg

Como é a Implantação de Uma Usina Hidrelétrica: o caso da Usina Teles Pires

UHE Teles Pires (MT)

UHE Teles Pires (MT) (Photo credit: PAC 2)

Primeiramente é analisada a potencialidade do local onde se pretende construir a usina, no entanto, isso vai definir o tamanho da usina, ou seja, sua capacidade. Quanto maior for a queda de água maior será a potência da usina. No caso da Usina Teles Pires o local escolhido para sua construção é excelente, tendo em vista que irá gerar 1.820 megawatts, sendo o suficiente para atender a uma população de aproximadamente 6 milhões de habitantes.

Os Estudos de Inventário da Bacia Hidrográfica do Rio Teles Pires (MT/PA), aprovados pela Agência Nacional deEnergia Elétrica (ANEEL) em julho de 2006, indicaram um conjunto de seis usinas hidrelétricas, totalizando umageração de cerca de 3.600 megawatts (MW) na bacia, da qual a Usina Hidrelétrica Teles Pires, com potência instaladade 1.820 megawatts (MW), é responsável por 50,55%. A Usina Hidrelétrica Teles Pires, localizada no rio Teles Pires,teve seu Estudo de Viabilidade registrado na ANEEL em junho de 2009, sob o Processo no 48500.004785/2006-17.

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE), vinculado ao Ministério de Minas e Energia, contratou o Consórcio Leme-Concremat para a elaboração do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e Relatório de Impacto Ambiental (RIMA). O EIA/RIMA tem como objetivo conseguir o licenciamento ambiental junto ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis – IBAMA.

O IBAMA concedeu o aceite do Estudo e do Relatório de Impacto Ambiental (EIA-Rima), elaborados pela Empresa de Pesquisa Energética – EPE, sobre o projeto da usina hidrelétrica Teles Pires, no Mato Grosso, no dia 28 de setembro do ano de 2010.

Após foram agendadas as audiências públicas no Estado para a discussão do empreendimento. As audiências públicas foram realizadas nos municípios afetados pela construção da usina, Paranaíta – MT e Alta Floresta – MT e Jacareacanga – PA.

A licença de operação para a Usina Teles Pires foi concedida pelo IBAMA no dia 19/08/2011.

Após a licença concedida pelo IBAMA a obra poderia ser iniciada imediatamente e foi isso que realmente aconteceu.

Com o início das obras da Usina o grupo responsável pela construção também iniciou os trabalhos de mitigação dos impactos sociais causados nos municípios afetados pelo empreendimento, entre eles a reforma de escolas, postos de saúde, creches, melhorias na infraestrutura, doação de veículos para combate a endemias, capacitação de pessoas, etc.

Como o município de Paranaíta-MT não possuía ligação asfaltica com Alta Floresta-MT, a Companhia Hidrelétrica Teles Pires entrou em um acordo com o Governo do Estado de Mato Grosso, onde o mesmo concedeu a isenção de impostos e em troca a Companhia está realizando a pavimentação dos 38 quilômetros que faltam para interligar os dois municípios.

Existem também projetos sendo executados para o resgate da flora e da fauna dos locais onde serão inundados pelo reservatório a fim de diminuir os danos ao meio ambiente.

Estes dados são apenas uma breve descrição do que é necessário para a implantação de uma usina hidrelétrica.

Fonte: RIMA UHE Teles Pires

IBAMA aceita EIA-RIMA de Teles Pires

Ibama concede licença de instalação para Usina Teles Pires

Hidrelétrica Teles Pires Deve Ter 6.000 Trabalhadores Ainda em 2013

Canteiro de Obras UHE Teles Pires

     Segundo o Boletim Informativo de Janeiro de 2013 da Hidrelétrica Teles Pires apesar de ser intenção da Companhia de contratar pelo menos 45% de mão-de-obra local a meta está muito longe e dificilmente será alcançada. Paranaíta tem pouco mais de 10.000 habitantes e não dispõem de mão-de-obra suficiente e o mesmo acontece com o município vizinho de Alta Floresta que possui aproximadamente 50.000 habitantes.

      A previsão da Companhia é de que ainda no ano de 2013 seja atingido o pico da obra com 6.000 pessoas envolvidas na construção do empreendimento.

      Abaixo seguem os textos extraídos do Boletim Informativo nº 9 de janeiro de 2013 da UHE Teles Pires:

     “Com pouco mais de um ano de execução, as obras da Usina Hidrelétrica Teles Pires abrigam, atualmente, 3.952 trabalhadores, incluindo o pessoal contratado diretamente pela Odebrecht Infraestutura, pelos subcontratados e pela Companhia Hidrelétrica Teles Pires (CHTP), empresa responsável pela implantação do empreendimento. Em 2013, quando a obra entrar em sua fase de maior movimento – o chamado pico da obra -, a expectativa é de que aproximadamente 6 mil trabalhadores estejam envolvidos com a construção da UHE Teles Pires. A previsão é de que a obra esteja concluída em 45 meses, em média”.

      “Como forma de potencializar o desenvolvimento que a UHE trará à região – seja através das obras compensatórias, seja pela movimentação maior do comércio e do sistema bancário, seja pela maior geração de impostos -, um dos princípios da CHTP tem sido valorizar a mão de obra local. A proposta da CHTP, definida no Programa de Contratação e Desmobilização de Mão de Obra (P.05) do Projeto Básico Ambiental (PBA) da UHE Teles Pires, previu a contratação de 45% da mão de obra local. Este número, porém, não tem sido alcançado. De acordo com a Construtora Norberto Odebrecht, a mão de obra local não está sendo suficiente para suprir a demanda. De acordo com o último levantamento da Odebrecht, concluído em outubro, apenas 13,23% dos trabalhadores são de Paranaíta e Alta Floresta. Considerando toda a mão de obra do Estado de Mato Grosso, 19,45% do total são da região”.

      O comércio está movimentado e novas empresas estão se instalando na região, além da Usina Teles Pires, também está prevista a construção da Usina São Manoel no mesmo Rio Teles Pires e que será a segunda maior do Complexo Teles Pires com capacidade de 700 MW.

Fonte: http://www.flickr.com/photos/uhetelespires/8720759924/

http://www.uhetelespires.com.br/site/wp-content/uploads/2013/03/INFORMATIVO-TELES-PIRES-ed.9.pdf

 

Usinas Hidrelétricas e Seus Impactos

O Brasil está em desenvolvimento, e o crescimento econômico aumenta a demanda por energia elétrica. Neste sentido é inevitável que a oferta de energia seja compatível para evitar um novo apagão como já aconteceu no Brasil. No Brasil a principal fonte geradora de energia elétrica são as Usinas Hidrelétricas, ou seja, aquelas que utilizam os recursos hídricos e aproveitam seu potencial para gerar energia. Teoricamente a energia gerada pelas usinas é renovável porque utiliza a força da água para girar as turbinas e transformar isto em energia. O problema é que a implantação de usinas hidrelétricas gera muitos problemas para a sociedade e para o meio ambiente.

Para a sociedade o principal problema é a mão-de-obra que se desloca para as regiões onde serão construídas as novas usinas, geralmente são milhares de trabalhadores para realizar a obra. Os municípios não estão preparados para absorver o impacto gerado pelo aumento populacional repentino. Geralmente os municípios já encontram dificuldades para fornecer os serviços essenciais para a sua população. Para tentar amenizar os problemas são realizados acordos entre os municípios afetados e a empresa responsável pela construção da usina, como acontece na obra da Usina Teles Pires, por exemplo, que está localizada entre os municípios de Paranaíta-MT e Jacareacanga-PA. A empresa se comprometeu em reformar as escolas municipais, creches e ampliar o número de salas oferecidas, investimento em prevenção de doenças, doação de equipamentos e obras de infraestrutura para o município de Alta Floresta-MT, Paranaita-MT e Jacareacanga-PA. No entanto, isso não é o suficiente, a demanda por moradia causou transtornos para os moradores da região que tiveram seus aluguéis aumentados, e aqueles que procuram casas para alugar, ou não encontram, ou são obrigados a pagar valores exorbitantes.

O setor de serviços também não estava preparado, inicialmente todos os trabalhadores da Usina Teles Pires tinham que se deslocar até o município de Alta Floresta-MT para receberem seus salários, durante o período de pagamento a população de Alta Floresta simplesmente não consegue utilizar os serviços do Banco do Brasil e da Caixa Econômica, isso porque as filas cruzam o quarteirão das agências. As ruas em horário de pico ficam lotadas e o trânsito fica um caos, principalmente porque Alta Floresta ainda não possui nenhum semáforo para controlar o trânsito. O número de homicíos e de outros casos de violência também aumentaram no município, esses são apenas alguns problemas que a instalação da Usina Teles Pires está causando.

No entanto, ainda existem os problemas pós construção da usina, a construção deve durar aproximadamente 4 anos, após a construção muitos irão embora da cidade, mas muitos ficarão e a cidade precisa criar condições de garantir emprego, saúde e educação para que o município não entre em um caos.

Para o meio ambiente existem vários problemas ocasionados pela instalação das usinas, o principal deles é a destruição da fauna e da flora no local onde a usina será construída e em todo o local que será inundado pelo reservatório do empreendimento. Programas para coletar espécies de plantas e de animais foram implantados, mas isto não quer dizer que todas as espécies serão salvas. Além disso a construção da barragem vai alterar o fluxo do rio e isto terá impacto nas espécies de peixes da região. Só para ter uma noção do tamanho dos danos causados, apena na região norte de Mato Grosso estão previstas a construção de 5 usinas. Além da Teles Pires, ainda serão construídas mais 4 usinas, a de Colíder que já está em obras, a Usina de São Manoel, a Usina de Sinop e a Usina de Apiacás.

As usinas são necessárias, mas isto não quer dizer que precisam ser usinas hidrelétricas. O Governo brasileiro ainda não dá a atenção necessária para a construção de usinas que realmente podem causar impactos reduzidos para a sociedade e para o meio ambiente. Como é o caso das usinas Eólicas, o Brasil possui milhares de quilômetros de zona costeira e possui grande potencial para utilização desta fonte de energia. Segundo estudos a capacidade de geração de energia no Brasil utilizando o vento é superior a toda a capacidade instalada atualmente no país, ou seja, falta interesse do Governo e principalmente incentivo a instalação de usinas eólicas. Além da energia éolica existe também a possibilidade de utilização da energia solar, a tecnologia para estes sistemas evoluiu muito e pode ser a opção para novas usinas.