Preço do Petróleo cai, mas preço do combustível aumenta no Brasil

Preço da gasolina

Aumenta imposto da gasolina

O preço da gasolina e do óleo diesel já estavam bastantes altos, mesmo o Governo dizendo que a Petrobras estava tendo prejuízos por causa dos preços praticados que estavam abaixo do mercado Internacional.

No entanto, nos últimos meses o preço do barril de petróleo caiu no mundo inteiro, fato este que fez o preço da gasolina cair muito em alguns países pelo mundo. Este é o caso dos Estados Unidos onde o preço da gasolina caiu muito com a queda do petróleo.

Mesmo com a queda do petróleo, no Brasil em momento algum foi cogitado a queda nos preços dos combustíveis, muito pelo contrário, no final do ano de 2014 houve um aumento e agora no início de 2015 o Governo dá outro golpe nos brasileiros. O Governo anunciou um aumento de impostos nos preços dos combustíveis, R$ 0,15 para o litro do diesel e R$ 0,22 para a gasolina. Este reajuste é para as refinarias, mas certamente que será totalmente repassado para o consumidor. Aliás, o preço para o consumidor certamente será maior.

O aumento da gasolina prejudica muito quem precisa do veículo para o trabalho e o aumento do preço do diesel que já estava bastante alto pode desencadear aumento de preços em vários setores. Já que o aumento do diesel aumenta o custo do transporte de produtos por rodovias.

Como se sabe no Brasil o preço dos combustíveis em grande parte é formado por impostos, esperar que o preço caísse é o mesmo que acreditar em Papai Noel. Afinal, de algum lugar o Governo precisa tirar dinheiro para cobrir os rombos da Petrobras e fraco crescimento do país. O lugar escolhido foi o bolso do cidadão.

Cadê o Pré-sal? O Brasil não ia ser um dos campeões de produção de petróleo? Tem especialista dizendo que a exploração do Pré-sal é simplesmente inviável no preço que o petróleo está atualmente.

http://brasil.elpais.com/brasil/2015/01/13/politica/1421170670_187160.html

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Governo Desonera o Etanol: mas avisa que preço ao consumidor não deve cair

Redução dos preços do etanol

Etanol

Isto é fato, mesmo com a redução de impostos para o setor de álcool e de açúcar o preço ao consumidor final não deve cair. Aliás, a redução de impostos têm como principal objetivo socorrer as industrias de etanol e de açúcar, aumentar a produção e a oferta do produto no mercado. Pode-se dizer que com a descoberta do pré-sal o Governo deixou de lado os investimentos em biocombustíveis, além disso o setor enfrentou problemas climáticos durante a produção e enfrenta problemas com a falta de competitividade do produto frente a gasolina.

Não adianta ter aumento da produção se o preço do etanol não for competitivo, ou seja, deve custar menos que 70% do preço da gasolina. Se custar 70% do litro da gasolina, tanto faz abastecer com álcool ou com gasolina. Tem que ser realmente vantajoso para que o consumidor encha o tanque com álcool.

Outra medida que o Governo volta a tomar é o aumento da percentagem de álcool na gasolina, mais uma vez a gasolina passa a ter 25% de álcool em sua composição. A medida visa reduzir o preço da gasolina tendo em vista que o álcool é mais barato e também visa aumentar o consumo de álcool.

Mesmo com essas medidas não existe promessa de redução nos preços para o consumidor, o que na minha opinião é um tremendo erro quando querem aumentar a oferta do produto. Se existe maior oferta os preços devem baixar, é a lei da oferta e da procura.

Por outro lado, se a indústria achar que o etanol não é vantajoso, simplesmente eles produzem açúcar e fica praticamente tudo como está. Pelo menos o consumidor não precisa ficar com medo de falta de combustíveis nos postos, se falta etanol é so encher o tanque com gasolina, pois atualmente quase todos os veículos saem de fábrica com motores bicombustíveis.

Veículo Bicombustível: vantagens e desvantagens

Em 2003 surgiram os veículos com motor bicombustível, com certeza grande parte dos brasileiros comemoraram a possibilidade de possuir um veículo com duas opções de combustível, afinal o álcool sempre custou menos do que a gasolina. Passados 8 anos da novidade, atualmente a maioria dos veículos produzidos saem de fábrica com motor bicombustível, Flex, Total Flex, Power Flex, são diversos os nomes, porém todos tem a mesma função de permitir ao proprietário do veículo a escolha do combustível que ele prefere abastecer.

Mas quais são as vantagens e desvantagens que os veículos bicombustíveis apresentam para o consumidor.

Vantagens: a principal vantagem do veículo bicombustível é que o consumidor não corre o risco com a falta de um dos dois combustíveis, se faltar álcool é só encher o tanque com gasolina e vice versa. Antigamente quem tinha veículo movido apenas a álcool enfrentou o problema do desabastecimento e não tinha outra opção para abastecer. Outra vantagem é que o consumidor pode optar por aquele combustível que está mais barato.

Desvantagens: a principal desvantagem do veículo bicombustível é que a eficiência do motor diminui, apesar de existir a opção de dois combustíveis, obviamente que a mistura dos combustíveis no tanque prejudica o desempenho do motor, o correto seria utilizar apenas um combustível. Outra desvantagem é que com o aumento do consumo de álcool, a oferta do produto diminuiu consideravelmente e na maioria das vezes não é vantajoso abastecer com álcool.

O governo fez muita propaganda do álcool, mas esqueceu de fazer o planejamento, a produção brasileira de álcool não acompanhou o crescimento do consumo, o Governo foi obrigado a reduzir a mistura de álcool na gasolina e foi obrigado a importar álcool para abastecer o mercado brasileiro. Como consequência da redução de álcool na gasolina, e aumento do consumo de gasolina ocasionado pelo alto preço do álcool, o Governo também foi obrigado a importar gasolina para abastecer o mercado brasileiro.

Portanto faltou planejamento, o Governo fez enorme propaganda sobre a auto-suficiência de petróleo alcançada pelo Brasil em 2006 e sobre a descoberta do Pré-sal, porém até agora o consumidor não vê reflexos disso, continua pagando preços absurdos pelo combustível e o Governo tendo que importar combustível para evitar o desabastecimento do mercado brasileiro.

Redução de Impostos? Só no papel

Redução da CIDE

O governo mais uma vez reduziu a CIDE, que  é um tributo que incide na importação e comercialização da gasolina. O valor cobrado era de 0,23 centavos por litro de gasolina, agora será de 0,19 centavos por litro, no entanto segundo o governo, o preço final para o consumidor não terá alterações.

Além da redução da CIDE, haverá também redução da mistura de etanol na gasolina, a partir de 1º de outubro o percentual de etanol na gasolina cairá de 25% para 20%, essa medida deve-se ao fato da produção do etanol não ser suficiente para abastecer o mercado, correndo-se risco de desabastecimento de etanol.

O governo alega que terá perda de arrecadação de 50 milhões de reais em 2011, com a redução da CIDE, porém a perda deve ser compensado com aumento do consumo da gasolina.

O aumento do consumo de gasolina obriga a Petrobrás a importar o produto para atender o mercado, pois a sua capacidade está no limite, ou seja, o consumo é maior do que a capacidade produtiva. Portanto, existe falta de planejamento, a produção de etanol também não é suficiente para atender a demanda. A única vantagem dos carros bi-combustíveis é nessa ocasião, se houver falta de um combustível, abastece-sse com o outro.

O contribuinte não tem escolha, tem que pagar o preço que está na bomba, quando existe alta do Dólar, aumento internacional do petróleo, crise econômica, falta de produto, o aumento dos preços é empurrado para cima dos cidadãos, porém quando o barril de petróleo tem seu preço reduzido, quando o Dolár está em queda, ninguém vê falar em redução do preço dos combustíveis.

A Produção de Combústíveis e a Falta de Planejamento

Falta de combustível

Estamos em plena safra de cana-de-açucar e mesmo assim os preços do álcool “etanol” não param de subir, coisa que não deveria acontecer. No entanto mesmo estando em plena produção de álcool, a demanda pelo combustível aumentou mais do que a sua produção. A expectativa é de que a produção dos próximos anos não seja suficiente para suprir a demanda do produto. O resultado disso é que os preços estão subindo acima da inflação, na maioria dos Estados não é vantajoso abastecer com álcool, pois o seu preço deve ser de no máximo 70% do valor da gasolina, portanto aqueles que sabem disso migram para a gasolina, pois hoje em dia isso é possível com os veículos Flex, porém o consumo de gasolina também aumentou nos últimos anos, a Petrobrás diz que a capacidade de suas refinarias está no limite, para suprir a demanda será necessária a importação do produto. O resultado de tudo isso é que o consumidor está no prejuízo, a falta de planejamento dos orgãos responsáveis que não foram capazes de prever esse aumento de consumo é extremamente preocupante. Hoje em dia praticamente todos os veículos possuem motores Flex, a produção em massa desses motores começou em 2003, portanto era óbvio que o consumo aumentaria, por outro lado a Petrobrás também errou em seus planejamentos, aquele blá blá blá de auto-suficiência em Petróleo não deu em nada, e a grande descoberta da camada Pré-sal ainda não modificou em nada a disponibilidade de combustíveis. Querem aumentar as vendas de veículos, mas esquecem de que eles precisam de combustíveis para andar.