Isto é fato, mesmo com a redução de impostos para o setor de álcool e de açúcar o preço ao consumidor final não deve cair. Aliás, a redução de impostos têm como principal objetivo socorrer as industrias de etanol e de açúcar, aumentar a produção e a oferta do produto no mercado. Pode-se dizer que com a descoberta do pré-sal o Governo deixou de lado os investimentos em biocombustíveis, além disso o setor enfrentou problemas climáticos durante a produção e enfrenta problemas com a falta de competitividade do produto frente a gasolina.
Não adianta ter aumento da produção se o preço do etanol não for competitivo, ou seja, deve custar menos que 70% do preço da gasolina. Se custar 70% do litro da gasolina, tanto faz abastecer com álcool ou com gasolina. Tem que ser realmente vantajoso para que o consumidor encha o tanque com álcool.
Outra medida que o Governo volta a tomar é o aumento da percentagem de álcool na gasolina, mais uma vez a gasolina passa a ter 25% de álcool em sua composição. A medida visa reduzir o preço da gasolina tendo em vista que o álcool é mais barato e também visa aumentar o consumo de álcool.
Mesmo com essas medidas não existe promessa de redução nos preços para o consumidor, o que na minha opinião é um tremendo erro quando querem aumentar a oferta do produto. Se existe maior oferta os preços devem baixar, é a lei da oferta e da procura.
Por outro lado, se a indústria achar que o etanol não é vantajoso, simplesmente eles produzem açúcar e fica praticamente tudo como está. Pelo menos o consumidor não precisa ficar com medo de falta de combustíveis nos postos, se falta etanol é so encher o tanque com gasolina, pois atualmente quase todos os veículos saem de fábrica com motores bicombustíveis.