Por mais que o Governo tente dizer o contrário, a educação ainda está longe de ser prioridade no país. Nos últimos anos o Governo Federal investiu maciçamente no ensino superior criando várias universidades federais e institutos federais de educação tecnológica. Apesar dos investimentos na rede pública a rede privada ainda é responsável pelo maior número de matrículas no ensino superior de acordo com o Censo da Educação Superior de 2011. O número de matrículas aumentou nos últimos anos, mas o Brasil ainda está longe de alcançar números como o dos países desenvolvidos.
O Governo criou o FIES, programa de financiamento estudantil onde o estudante só começa a pagar o valor referente ao curso após concluir a graduação e começar a trabalhar. Criou também o ProUni onde o estudante pode conseguir estudar totalmente de graça em uma instituição particular. A instituição só pode oferecer o FIES se obedecer a certos critérios impostos pelo Ministério da Educação, no caso do ProUni a instituição recebe isenção de alguns impostos. Tudo isto para ver se o Brasil consegue atingir níveis satisfatórios de matriculas no ensino superior.
Mas e a educação básica onde fica? Certamente que ela é a base para uma boa nota no vestibular, no Enem e se não for de boa qualidade pode contribuir para a evasão no ensino superior. Antes de investir em educação superior era preciso que o país desse melhor atenção para a educação básica. Percebe-se que melhorou bastante, mas ainda está longe do ideal. Frequentemente são noticiadas situações de escolas que estão quase caindo na cabeça dos alunos, falta de carteiras escolares, inexistência de transporte escolar, professores mal remunerados. Greves ocorrem com frequência, mas a situação está longe da ideal. Muitas escolas nem ao menos possuem biblioteca.
No ensino superior o Governo dá bolsas do ProUni, e a na educação básica o governo faz o quê? Certamente que diante da situação caótica do ensino público muitos pais gostariam de colocar seus filhos em escolas particulares. No entanto, quem faz isso não tem muito incentivo. Na maioria dos casos quem paga colégio particular declara imposto de renda, na declaração de imposto de renda deste ano por exemplo, só é permitido deduzir R$ 3.230,46 por dependente. Manter um filho durante um ano na escola pagando apenas este valor é praticamente impossível.
Vemos exemplos de escolas públicas onde a situação é excelente, onde o ensino é de alta qualidade, pena que isso seja a minoria.
A quem interessaria uma educação de qualidade, se no Brasil isso é desestimulado pelo próprio governo quando age com tamanha insensatez deixando a desejar no básico essencial (Fundamental e Ensino Médio) afins de preparar a quem interessar possa, a galgar os degraus de uma Faculdade? Faz-se uma maquiagem,cria-se uma infinidade de projetos para beneficiar os interessados em não pagar impostos, e em nada auxilia a quem quer realmente aprender tamanha a burocracia e formalidades para se conseguir uma vaga numa dessas universidades beneficiadas; Afinal para que uma nação voltada para corrupção e desmandos de várias naturezas, iria se interessar em ter pessoas inteligentes e cultas? Eles estariam criando cobra para morder eles mesmos.
CurtirCurtir