Em geral acredita-se que no Brasil quem paga mais impostos são os ricos e que pobre não paga impostos, mas isso está totalmente errado. Segundo o IPEA – Instituto de Pesquisas Econômicas e Aplicadas, do total de impostos arrecadados pelo país em 2008, a maior parte, 53,9% era pago por quem recebe até 2,5 salários mínimos e aqueles que recebem mais de 30 salários mínimos eram responsáveis por apenas 29% dos impostos arrecadados. Portanto vemos que os pobres são na verdade quem pagam mais impostos, até mesmo porque a maior parte da população está dentro desta faixa que recebe até dois salários mínimos. O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS, é o principal vilão da história, todos independentemente da renda pagam a mesma quantia de impostos na hora de comprar um pacote de feijão por exemplo. Nesse sentido a regra que diz que quem ganha mais paga mais deixa de existir. Uma maneira de mudar essa desigualdade seria a criação de um imposto que incidisse sobre o patrimônio dos mais ricos, e na realidade esse imposto já existe há muito tempo, o Imposto sobre Grandes Fortunas – IGF, foi criado em pela Constituição Federal de 1988 através do Art. 153, VII, porém passados 23 anos ainda não foi aprovada lei complementar que o regulamente para que possa ser cobrado.
A verdade é que grande parte dos que estão no poder não tem interesse de que este imposto entre em vigor, pois eles os políticos teriam que pagar o imposto também, tendo em vista que praticamente todos possuem grandes fortunas. Muitos estão lá apenas para defender seus próprios interesses. Teoricamente eles foram eleitos para defender os direitos do povo, se isso fosse verdade esse imposto já estaria valendo há muitos anos.